de meus próprios amigos,
de meu passado gostoso, e do futuro anseado.
À margem e à sombra,
sigo ensurdecido pelo som de meus silêncio,
enfraquecido por minha resiliência,
assassinado pela vitalidade que penduro no rosto,
fraco de mais para desistir,
forte de mais para admitir...
hipócrita o suficiente para continuar,
bebendo as gotas de um mundo que poderia ser,
vivendo passagens de uma vida que poderia ter.
Louco
perdido
fodido.
Incoerente e descrente,
sigo enganando com um sorriso contente àqueles que não me olham nos olhos,
esta parte de mim
que não mente.
Talvez se houvesse maneira,
de olhar eu mesmo os espelhos de minha alma doente
eu pudesse fazer algo mais, além de seguir
em frente...
qual o louco que se perde no deserto,
vou vivendo o que me resta,
à procura do que imagino,
fantasiando o passado num futuro estraçalhado
gastando as energias que já não tenho em busca de um oasis que nunca existiu.
Viciado em adrenalina,
o coração já não sabe por que bater,
as pernas não sabem pra onde correr,
e a insanidade é a única conclusão racional que emerge em minha mente.
Uma efusão de contrários sugada por um buraco negro,
vazio de emoções e desejos,
faz de mim um personagem normal...
alguém que visto de longe simplesmente caminha pelos trilhos da vida,
de estação a estação...
… passa lo que passa, sea lo que sea...
próxima estación:
ESPERANZA!
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